Após morte de adolescente no Açude do Jatobá, em Patos, Zé Gonçalves quer saber sobre instalação de bombas sucção da Cagepa no local

Após a morte do adolescente Gabriel Junior da Silva, de 16 anos, ocorrido no sábado passado (3) no Açude do Jatobá e a suspeita de que a morte tenha sido provocada pela sucção de bomba elétrica da CAGEPA instalada naquele manancial, o vereador sindicalista Zé Gonçalves (PT) apresentou requerimento solicitando informações aos órgãos competentes. Relembre: Adolescente de 16 anos morre afogado no Açude do Jatobá, em Patos

O Requerimento é direcionado à CAGEPA, AESA, ANA e ao DNOCS. “Eu estou trazendo quatro Requerimentos fazendo a mesma solicitação porque eu já sei que uma vai jogar a responsabilidade para a outra”, criticou Zé Gonçalves.

Ele quer saber sobre fiscalização e sinalização no local para evitar que tragédias como a que ceifou a vida do jovem Gabriel, não voltem a acontecer.

Ele criticou a atuação dos órgãos ambientais em Patos e citou um caso em que a SUDEMA demorou um ano para responder um Requerimento dele, enviado àquele órgão através Câmara Municipal.

“O que nós presenciamos naquele baldo do açude do Jatobá é aquela galeria está totalmente deteriorada, com fios expostos. A CAGEPA instalou uma bomba d’água de sucção e nós observamos que não existe nenhuma sinalização, ou seja, não tem nenhuma segurança para evitar acidentes”, denunciou.

Zé Gonçalves criticou opiniões de pessoas que disseram que o local em que Gabriel morreu não seria lugar para tomar banho e acrescentou que a questão não é essa. “A questão é que a CAGEPA está preocupada só em pegar a água para vender e não tem fiscalização. Permitem instalar bombas sem nenhuma segurança”, alertou.

Ele criticou a falta de fiscalização que permite a instalação dessas bombas indiscriminadamente e que permite também que chácaras privatizem espaços do açude que é público, o poluindo com o escoamento de esgotos para o manancial.

Na opinião do vereador, há uma irresponsabilidade em Patos com aquele açude e os órgãos que deveriam protegê-lo e dar segurança não estão cumprindo a função, especialmente o DNOCS. ” O açude do Jatobá está abandonado há muito tempo por irresponsabilidade do DNOCS. Hoje qualquer um chega lá e constrói casas dentro do manancial sem serem importunados”, disse o mesmo.

A Colônia de Pescadores sugeriu algumas melhorias no local, através de colocação de postes, melhorando a iluminação, mas nem isso foi levado em consideração.” O que querem do açude é apenas a exploração da água por parte da CAGEPA e de seus espaços por parte dos poderosos e nada mais.”, criticou.