Ao requerer que uma UTI aérea seja instalada em Patos, Zé Gonçalves atenta para a falta de infraestrutura para abastecer aeronaves

Ao apresentar requerimento solicitando que uma das duas UTIs aéreas anunciadas pelo governo do Estado fique em Patos, o vereador sindicalista Zé Gonçalves (PT) atentou para o fato de que nosso município não dispõe de base para abastecer aeronaves.

Em discurso na tribuna da Câmara Municipal, o parlamentar mirim lamentou que os políticos com representação em Patos não pensem a cidade como um grande polo regional que necessita ter infraestrutura para tal e trabalhem para isso.

Ele acredita que as grandes empresas não se instalam em Patos justamente por conta dessa falta de infraestrutura e “os políticos não pensam a cidade, não pensam no potencial que nós temos aqui”, avaliou.

Na opinião de Zé Gonçalves, não adianta enviar projetos para que Patos seja denominada “Capital do Sertão” sem que a cidade tenha sequer condições de abastecer uma aeronave. “Eu acho que essa parte estrutural é fundamental para o nosso desenvolvimento”, analisou.

O parlamentar mirim citou outras cidades-polo, como Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia, que têm desenvolvimento acentuado, enquanto que Patos ainda enfrenta diversas dificuldades por conta da falta de investimento em infraestrutura necessária ao seu desenvolvimento.

Em relação ao requerimento, Zé Gonçalves enfatizou sua importância para que seja percebido o que Patos vem perdendo para outros municípios do Estado. “Municípios inclusive com menor potencial econômico e com população inferior à nossa recebem benefícios e mais benefícios e a gente ficando para trás”, lamentou.

Ele relembrou épocas em que os políticos “brigavam” por Patos e que quando tínhamos mais de um representante político, divididos entre oposição e situação, “eles brigavam para ver quem trazia mais benefício para Patos. Hoje, não existe mais isso. Esses deputados não cobram, mas pedem e o primeiro pedido é justamente para empregar a família e a parentada”, criticou.

Ele observou que quando analisa-se os cargos públicos nos três níveis, municipal, estadual e federal, está a ‘parentada’ dos políticos. “Parece até que os mais inteligentes são justamente os familiares dos políticos e o povo fica aí ‘ao Deus dará’”, alfinetou.