Presidente do CMDPI faz balanço da Campanha Junho Violeta em Patos

A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa – CMDPI de Patos, Maria Joseny de Lima Medeiros (Josa), fez uso da Tribuna Livre da Casa Juvenal Lúcio de Sousa, durante sessão ordinária da última quinta-feira (15.06), para detalhar os trabalhos desenvolvidos durante a campanha Junho Violeta, de conscientização e combate à violência contra a pessoa idosa, e pedir apoio do Poder Legislativo nas ações desenvolvidas ao longo de todo ano.

O pedido do uso da Tribuna Livre da câmara foi feito pelo CMDPI através de Oficio Nº 18/2023 protocolado no dia 14 de junho último. “Em nome da presidente Tide Eduardo, agradeço aos demais membros deste Poder por acatar o nosso pedido de fazer uso da tribuna desta casa legislativa, para apresentar as ações desenvolvidas ao longo desses 15 dias. ”, justificou Josa, relatando em seguida dados da campanha desenvolvida no âmbito municipal. “Esta semana a gente encerra a programação que o conselho preparou, juntamente com a Pastoral da Pessoa Idosa e a Secretaria de Desenvolvimento Social e demais serviços sociais como CRAS, CREAS, Centro Dia e Ministério Público, com várias atividades. ”, relatou a presidente, acrescentando que o objetivo do CMDPI, naquela ocasião, era promover “um amplo e transparente debate das necessidades e dos anseios das pessoas idosas que servirão de propostas a serem apresentadas aos Poderes Públicos, responsáveis pelas execuções de políticas em favor desse público.”, pontuou a presidente da entidade, lembrando, ainda, “que o papel do conselho é consultivo, normativo, deliberativo e formador de políticas dirigidas à pessoa idosa.”, explicou.

De acordo com Josa, mesmo sem poder de polícia, o conselho recebe as denúncias e demandas e encaminham aos órgãos competentes que formam a Rede de Proteção. “Infelizmente, ainda registramos muitos casos de violência, inclusive, no seio familiar e de forma institucional. ”, lamentou, revelando, ainda, novas formas de discriminações: o idadismo e o etarismo. “São denominações novas de preconceitos contra idosos no ambiente de trabalho. “Ha! já está na hora de você se aposentar, pois não produz mais nada.”, citou a presidente do CMDPI, como exemplo.

Josa conclamou o apoio dos Poderes ao apoio das ações de combate à violência contra os idosos. “Nós reconhecemos em vocês (Legislativo) e no Poder Executivo, excelentes instrumentos de ajuda nessa campanha. ”, asseverou.

Dados

De acordo com números apresentados por Josa, as mulheres são as maiores vítimas da violência contra idosos. “No geral, idosos na faixa etária entre 80 e 89 anos são os que mais sofrem, pasmem! ”, relatou indignada, destacando os tipos mais comuns de violência que são: a psicológica e a patrimonial. “Desde de agressões verbais depreciativas, como por exemplo: você não vale nada, não produz mais nada, até o uso do cartão em empréstimos consignados sem a autorização dos titulares. ”, revelou Josa, se dizendo assustada com tamanho desrespeito contra idosos no município de Patos e Região. “Desde que assumi a presidência do conselho e também da Pastoral do Idoso da Diocese de Patos, tenho presenciado cenas de violência terríveis. Tanto na periferia quando na classe média. ”, ressaltou, alertando para a importância do engajamento dos poderes públicos e da sociedade em geral, nas ações de combate a esse tipo de crime.

CM