Maior rotatividade de leitos, melhoria nos fluxos internos que impactam positivamente na assistência ao paciente, mudanças no fluxo da Urgência e Emergência, que agilizaram com ganho de qualidade o serviço do setor, além de evoluções no gerenciamento e controle de infecções. Esses são alguns avanços conseguidos a partir da implementação do Projeto de Reestruturação de Hospitais Públicos (RHP), desenvolvido pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). Na Paraíba, a iniciativa inclui o Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro (CHRDJC), de Patos, e na última semana a equipe do RHP esteve na unidade para verificar o andamento dos processos implementados.
As visitas da equipe técnica, composta por profissionais do Hospital Oswaldo Cruz, de São Paulo, ocorreram na terça-feira (25) e na quinta-feira (27) e contemplaram a verificação dos processos no Bloco Cirúrgico, Urgência e Emergência, no Núcleo Interno de Regulação (NIR), na Engenharia. Junto com a equipe multidisciplinar e do Núcleo Interno de Regulação (NIR), os técnicos avaliaram o cumprimento de diretrizes do Projeto no que diz respeito aos protocolos e processos de trabalho que estão melhorando o fluxo interno da unidade e o impacto na melhoria da assistência e serviços prestados aos pacientes.
De acordo com o diretor técnico do hospital, Pedro Augusto, a própria dinâmica de trabalho dos profissionais também é avaliada, uma vez que o foco do Projeto é buscar uma redução do tempo de permanência do paciente no hospital. “Com um serviço mais eficiente e eficaz, as respostas acontecem em menor tempo, o que impacta diretamente na evolução do paciente, que tem uma recuperação melhor e isso, consequentemente, promove uma maior rotatividade de leitos em função do aumento das altas hospitalares”, reitera o médico.
Já o diretor geral do hospital, Francisco Guedes, destaca que os avanços ocorreram de forma geral e trouxe impactos positivos em toda a unidade. “O Projeto nos trouxe outro olhar, novos conhecimentos e novas práticas, e a equipe do hospital abraçou a ideia, vestiu a camisa e está fazendo acontecer. Todos entenderam que esse formato de assistência multiprofissional permite uma atenção maior e melhoria na qualidade da prestação de serviço”, explica Francisco, lembrando que o projeto segue os princípios do Programa Nacional de Segurança do Paciente, do Ministério da Saúde.
“No Centro Cirúrgico, o Projeto só trouxe avanços, agregou novos conhecimentos e ajudou no processo de trabalho. Hoje, nós trabalhamos com indicadores, a partir dos quais podemos medir o tempo médio entre uma cirurgia e outra, também temos indicadores que referenciam o tempo médio da limpeza entre um procedimento e outro e, na Meta 4, trabalhamos a questão de assegurar cirurgias em local seguro, tornando o processo de trabalho no bloco ainda mais alinhado, ganhando com isso tanto os pacientes, como os profissionais e a própria dinâmica do setor”, destaca a coordenadora do Bloco Cirúrgico, Silvana Araújo Barbosa.
No final das visitas, a equipe do Oswaldo Cruz se reuniu com os coordenadores do hospital e com as direções Geral e Técnica para fazer uma avaliação do que foi percebido nos setores visitados. Um relatório técnico será enviado em breve.
Sobre o Projeto
O Projeto de Reestruturação de Hospitais Públicos (RHP) é uma ação de intervenção e de instrumentalização em gestão em saúde que desenvolve ações para fortalecer e fomentar melhorias nos processos assistenciais, administrativos e gerenciais dos hospitais do SUS, com enfoque na avaliação e no monitoramento contínuo de processos, na redução de custos e no gerenciamento consciente de recursos humanos e materiais, consequentemente contribui para a padronização de rotina e a redução de riscos aos pacientes, aos familiares e trabalhadores da saúde.
O projeto já contempla outros 56 hospitais públicos no país, localizados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, áreas onde o número de casos de Covid cresceu muito nos últimos meses. Na Paraíba, além do Complexo Hospitalar de Patos, outras unidades desenvolvem o Projeto, a exemplo do Hospital de Trauma de Campina Grande e o Hospital Edson Ramalho, em João Pessoa.
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