Produtoras rurais projetam futuro de pequenos negócios a partir do aprimoramento técnico

É na zona rural de Queimadas, município do agreste paraibano, que Jarcira Oliveira sonha e executa seus projetos para dar cada vez mais vida ao sítio Felizberto. Nas terras, batizadas com o nome de um dos avós, ela mantém uma criação de cabras há 13 anos. Em outra região do estado está Rayssa Chaves, que também vive da agricultura, mantendo uma propriedade para o cultivo de hortaliças, na capital João Pessoa. Mais um ponto comum das duas é que elas foram vencedoras do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2023 e são empreendedoras natas. 

“A gente cria cabras há 13 anos e há três começamos a comercialização do leite. Antes a venda era pouca. Mas, agora, está aumentando”, conta Jarcira Oliveira. Ela ficou em primeiro lugar na categoria produtora rural, no Prêmio Sebrae Mulher de Negócios deste ano, e disse que decidiu participar após fazer cursos na instituição, o que contribuiu para organizar melhor a produção no sítio. “Estou empolgada para fazer o Empretec. Sei que é muito bom e vai me ajudar na minha produção”, acrescenta. 

Assim como a maior parte dos produtores rurais, Jarcira trabalha em família, contando com o apoio do esposo, da mãe e do filho. Juntos, eles traçam novos projetos como a transformação do esterco das cabras em adubo e cultivo de flores. Tudo vendido no mercado local. “Essas atividades entregam maior sustentabilidade ao sítio. Meu sonho é aumentar as vendas dos produtos caprinos”, comenta.  

Com os mesmos projetos de expandir a produção e continuar firme como produtora rural e uma mulher de negócios está Rayssa Chaves. Juntamente com o irmão ela é responsável pelo Rancho Isabelle Chaves, onde produzem hortaliças hidropônicas e abastecem o mercado da região do litoral, incluindo redes de restaurantes. Entre os planos para o futuro está abastecer também supermercados.  

“É uma agricultura inovadora, extremamente sustentável e que a gente acredita demais no potencial dela. Além disso, pelo seu manejo, o Rancho é um organismo vivo, com produção de adubo a partir de restos de folhagens e esterco. Iniciamos o meliponário, que ajuda nas plantas e equilíbrio ao meio ambiente, trabalho social com a comunidade. Então, é uma proposta sustentável e o Sebrae nos ajuda muito, desde o começo”, detalhou Rayssa Chaves. 

Para a analista técnica do Sebrae/PB e gestora do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, Ana Maria Mota, o prêmio é um reconhecimento às inovações do empreendedorismo feminino. “O prêmio foi criado para dar visibilidade à história de mulheres que fazem a diferença. Por batalhar pelo que deseja, a mulher da atualidade conquistou seu lugar, fazendo história na sociedade, rompendo barreiras, preconceitos e obstáculos”, reforçou. Ela ainda destaca a presença das mulheres em vários segmentos do empreendedorismo, tendo forte presença também no setor do agro. “A presença da mulher no mundo dos negócios traduz, além do espírito empreendedor, o espírito de independência”, acrescentou Ana Maria Mota. 

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