A irregularidade do período chuvoso de 2024 persiste em várias áreas do Semiárido do setor norte do Nordeste, principalmente devido a dois fatores: o El Niño intenso e o aquecimento significativo das águas superficiais do Oceano Atlântico Norte, afirma o físico, meteorologista, mestre em Meteorologia, doutor em Física e também consultor meteorológico do agronegócio e eficiência energética Rodrigo Cézar.
No entanto, o fato do Oceano Atlântico Sul na altura da costa leste do Nordeste está muito quente também, está amenizando os impactos do forte episódio do fenômeno climático El Niño, conforme previa o estudioso do clima Rodrigo Cézar.
Dessa forma, mesmo com uma estação chuvosa irregular em 2024, muitos açudes pequenos do interior dos referidos estados poderão ter boas recargas, claro que não todos até porque a chuva é mal distribuída afirma Rodrigo Cézar, mas a perspectiva é favorável para recargas de pequenos açudes inclusive nos municípios de Patos, Pombal, Sousa e Cajazeiras na Paraíba, pontua.
O estudioso reafirma sua previsão de chuvas irregulares no interior desses estados esse ano, com amenização dos impactos do El Niño, algo que fará com que Patos tenha índice pluviométrico superior a 550 mm, Pombal tenha índice pluviométrico também superior a 550 mm, Sousa tenha índice pluviométrico superior a 700 mm e Cajazeiras tenha índice pluviométrico superior a 800 mm em 2024.
O maior impacto do El Niño em 2024 será nos maiores reservatórios do semiárido do setor norte do Nordeste, incluindo os do semiárido da Paraíba.
Dessa forma, para grandes açudes que não recebem águas da transposição do São Francisco no Semiárido da Paraíba, a previsão hidrológica de Dr. Rodrigo Cézar é a seguinte: para o maior manancial, a recarga do Complexo Coremas/Mãe d’ Água em 2024 será inferior a 20%, ou inferior a 258 milhões de metros cúbicos, já os outros grandes açudes que também abastecem cidades do semiárido do estado, com os reservatórios de Cachoeira dos Cegos, Capoeira, Engenheiro Arcoverde, Capivara e Lagoa do Arroz, esses deverão ter recargas inferiores a 30% no corrente ano de 2024.
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