O pediatra Fernando Paredes Cunha Lima fez sua primeira manifestação pública após ser acusado de uma série de abusos sexuais contra crianças. Ao sair da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Infância e a Juventude em João Pessoa, ele afirmou ser inocente e sugeriu que as acusações poderiam ter motivação financeira.
Fernando prestou seu segundo depoimento à polícia e, ao deixar a delegacia acompanhado por seus advogados, foi cercado por jornalistas. Inicialmente, ele evitou falar, dizendo que já havia dado suas explicações à delegada Isabel Costa, responsável pelo caso. Em seguida, porém, elevou o tom e negou as acusações: "Nego tudo, nego para sempre".
Questionado sobre os motivos das acusações, ele insinuou que as vítimas poderiam estar interessadas em dinheiro, mas logo negou ter dito isso e demonstrou irritação, pedindo para não colocarem palavras em sua boca.
O pediatra já é réu em um dos processos e, recentemente, um segundo inquérito foi aberto contra ele por abuso de vulneráveis. Até o momento, dez pessoas procuraram a polícia: seis como vítimas e quatro como testemunhas, devido à prescrição dos crimes. Fernando afirmou que deixou a medicina após as denúncias.
Após as declarações, o advogado do médico, Aécio Farias, reafirmou que seu cliente nega todas as acusações e está colaborando com as investigações. Já Bruno Girão, advogado das vítimas, criticou a postura de Fernando e disse que pode tomar medidas legais contra ele por suas declarações.
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