O município de Pombal, no Sertão da Paraíba, foi cenário de dois graves crimes contra mulheres nesta terça-feira (22). Os casos, que ocorreram com poucas horas de diferença, estão sendo investigados pela Polícia Civil e mobilizaram ações imediatas das forças de segurança.
O primeiro caso foi registrado durante a manhã e envolveu disparo de arma de fogo e ameaça. Segundo o delegado Danilo Dutra, da Polícia Civil, um homem discutiu com sua companheira após ela reclamar da presença de uma arma dentro de casa. Em resposta, ele teria efetuado um disparo dentro da residência, na presença do próprio filho.
Ao ser abordado pela Polícia Militar, o suspeito utilizou a companheira como escudo humano, colocando-se atrás dela e impedindo a ação policial. Somente com a chegada de reforço ele liberou a mulher e se entregou. O homem foi preso em flagrante e permanece detido.
Apesar da gravidade do ocorrido, a mulher negou os fatos, mas a polícia já possui vídeos e áudios que confirmam o disparo. “A polícia não depende da vítima admitir os fatos. Atuaremos de forma rigorosa se identificarmos risco real à integridade física ou à vida dela. Em casos assim, é dever do Estado proteger quem não consegue mais se proteger”, afirmou o delegado.
Já no período da tarde, um feminicídio chocou moradores da cidade. O crime aconteceu em plena via pública, próximo ao hospital, quando um homem matou a companheira com um golpe de faca no peito. A vítima, Vandalúcia Soares Sobreira, de 43 anos, morreu no local. O suspeito, Jhon Lenon Martins de Oliveira, de 35, fugiu, mas foi localizado e preso pouco depois pela polícia.
De acordo com o delegado Danilo Dutra, o autor do feminicídio já era considerado extremamente perigoso. “Ele havia tentado matar outra pessoa na semana passada e já tinha atentado contra a vida da própria vítima anteriormente. Era alguém que deveria protegê-la, mas a matou de forma covarde e brutal”, declarou.
O casal era morador de rua e circulava entre cidades como Patos, Cajazeiras e Pombal. A motivação do crime teria sido uma discussão, mas o delegado ressaltou que o autor se aproveitou da condição física fragilizada da vítima para atacá-la.
Ambos os acusados permanecem presos e serão submetidos a audiência de custódia. A Polícia Civil garante que irá tratar os casos com o máximo de rigor. “A sociedade precisa ter a certeza de que esses crimes não ficarão impunes”, concluiu o delegado.
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