A Operação Ponto Final, deflagrada em Piancó na última quinta-feira, 20, foi baseada em um boato já desmentido pelo suposto autor da estória. A afirmação é do advogado Ramonilson Alves, que representa José Batista de Almeida, mais conhecido no município como Zomin. Ele foi preso junto com mais cinco pessoas sob suspeita de ter encomendado a morte do prefeito Daniel Galdino e da mãe dele, Flávia Galdino. O delegado Cristiano Jaques, responsável pela operação, informou que o motivo seria político já que o mandato da vereadora Priscila de Zomin, filha do suspeito, teria sido cassado graças a uma ação impetrada pelo grupo político de Daniel Galdino.
Em uma participação na rádio Manaíra Band News, Ramonilson Alves resumiu a tese da defesa e relembrou a execução do comerciante Geraldo Erismar Leite, ocorrida em 2020, crime que segundo a polícia também teria sido encomendado por Zomin:
“Erismar era um comerciante e trabalhava com empréstimo de dinheiro e chegou a emprestar dinheiro a Zomin que era seu vizinho. Zomin pagou parte em dinheiro e outra parte com uma caminhonete. Foram colhidos cinco ou seis depoimentos na época e agora em 2023 um advogado chamado Raulan teria dito a Flávia e Daniel que tinha ouvido de um popular chamado Leidson que Zomin teria dito que contratara dois militares para matar Flávia e Daniel. Quando estourou a operação, Leidson se preocupou e se apressou em desmentir isso. Ele e o advogado foram à delegacia de Patos para explicar que não disse o que causou essa operação. Isso implodiu a razão de investigar porque todos os fatos se reportavam a essa suposta declaração de Leidson”, contou Ramonilson.
Leidson, inclusive, alega que tem sido pressionado pelo advogado Reulan para sustentar a tese de que teria ouvido de Zomin a informação sobre a encomenda do crime, o que ele nega taxativamente. Por isso, ele registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil.
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