O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, assinou nesta terça-feira um acordo com lideranças de diferentes religiões para a promoção da paz e tolerância nas eleições. O acordo foi chancelado por representantes do catolicismo, do espiritismo, judaísmo, do islamismo, budismo, religiões de matriz africana e de algumas correntes do protestantismo. O segmento evangélico não enviou representantes.
Em seu discurso durante o evento que os temos foram firmados, Fachin mencionou os efeitos nocivos da desinformação.
- É cediço que a Justiça Eleitoral, na condição de instituição responsável pelo processamento pacífico das diferenças políticas, defronta, presentemente, dificuldades inusuais, como decorrência da crescente intolerância, do progressivo esgarçamento de laços e, sobretudo, do evidente processo de degradação de valores decorrente da expansão irrefreada do fenômeno da desinformação - disse Fachin.
O presidente do TSE disse contar com a ajuda das lideranças religiosas:
- Hoje, com o auxílio formoso das luzes desses homens e mulheres de brio, damos início a uma importantíssima reflexão coletiva, convictos de que promoção da paz e da tolerância manterá a democracia em seu prumo, para que prossigamos como irmãs e irmãos, pesem as discordâncias políticas, sob os signos da brandura e da temperança.
Ele também pregou contra o ódio:
- Defender a democracia é negar a cólera, fugir das armadilhas retóricas, fiar-se no valor da verdade, na fundamentalidade das instituições públicas e, especialmente, na sacralidade do viver em comunhão.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, que também é o procurador-geral Eleitoral, participou do evento e pediu respeito às minorias.
- A razão é base da democracia. Não existe racionalidade com violência - disse Aras, acrescentando: - Não há democracia sem respeito ao direito das minorias.
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