O município de Patos, localizado no Sertão da Paraíba, registrou 120 mm de chuva no mês de janeiro, de acordo com dados oficiais da Empaer, divulgados pelo técnico Marconi Palmeira.
A média pluviométrica no mês de janeiro em Patos é de 68 mm no posto pluviométrico da Empaer. Isso representa chuva 76,5% acima da média no mês passado, fato que confirmou a previsão realizada em 06 de outubro de 2023 pelo físico, meteorologista, mestre em Meteorologia e doutor em Física, Rodrigo Cézar Limeira, de que o município teria chuvas acima da média em janeiro de 2024.
Segundo Rodrigo, o principal sistema meteorológico precipitante que atuou em Patos e região em janeiro foi o vórtice ciclônico de ar superior, "esse sistema é o principal gerador de chuvas na região no final do ano e no mês de janeiro, e geralmente provoca precipitação irregular, assim como ocorreu em janeiro de 2024".
Outras localidades como Pombal, Sousa e Cajazeiras também registraram chuvas acima da média em janeiro, confirmando a previsão realizada pelo estudioso.
El Niño perde força no final de janeiro
O fenômeno climático e oceânico El Niño está perdendo força, no entanto, continuará a influenciar as condições do tempo e do clima no Nordeste nos próximos meses, isso porque mesmo que o fenômeno dissipe em março por exemplo, até pelo menos maio, ainda estará influenciando no padrão de distribuição dos ventos em altitude sobre o semiárido do Nordeste.
Tal fato ocorre porque a atmosfera não é automática, ou seja, leva um certo tempo para responder as novas condições oceânicas. Dessa forma, a estação chuvosa do semiárido do setor norte do Nordeste em 2024 poderá ter considerável má distribuição espacial e temporal das chuvas, algo que em vários locais da região, poderá provocar quebra na safra de milho.
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