Cães atacam novamente em Patos e ONG pede mudança na política de controle da população canina

Os constantes ataques de cães de rua na cidade de Patos têm feito com que entidades cobrem medidas mais enérgicas no controle da população canina na Capital do Sertão. Nos últimos dias, dois potrinhos foram vítimas desses ataques em uma granja às margens do Rio Espinharas, no Bairro Juá Doce.

No primeiro incidente, ocorrido na última quarta-feira, dia 31 de janeiro, um potro foi atacado e não resistiu às mordidas dos cães, resultando em sua morte. O segundo ataque ocorreu nesse último sábado, dia 03 de fevereiro, quando outro potrinho foi vítima, sofrendo ferimentos graves.

A fome e a proliferação de cães de rua têm contribuído para a ocorrência desses incidentes, tornando urgente a necessidade de medidas para controlar a população desses animais e garantir a segurança da comunidade.

A ONG Adota Patos alertou, em nota, que a política de controle populacional dos cães tem que mudar. Eis a nota:

“A ONG Adota Patos vem alertando sempre sobre esses ataques, bem como orientando que a castração é apenas uma etapa para controle populacional de animais soltos nas ruas de Patos. O município, apesar de ter implantado um programa de castração desses animais, não tem controle, pois para isso seriam necessárias outras medidas para barrar o aumento de animais nas ruas, a exemplo do acolhimento dos animais já castrados, que logo depois do pós operatório são devolvidos nas ruas, em seus locais de origem. A ong sugeriu um projeto piloto chamado Arca pet, onde os animais seriam acolhidos da forma correta e distribuídos em áreas verdes fechadas, administradas pelo próprio município. No entanto, fomos ignorados sob a alegação de custos para realização do projeto, pois o município não tem como custear esse acolhimento, e assim vemos que o problema só cresce na cidade, enquanto a administração municipal só apresenta paliativos.

Para se ter um controle efetivo da população animal em Patos, se faz necessário uma política pública real e sem maquiagens, seria bem mais simples a prefeitura reconhecer o problema e agir de forma gradativa. O projeto arca pet com certeza traria protetores e a população em geral para solucionar o problema não só de ataques, mas também de acidentes, doenças, maus tratos e etc..

O que falta acontecer? Morrer uma criança ou um idoso? Ou com alguém importante da prefeita? Ou autoridade? Enfim, os animais são os menos culpados nessa história".

Rafael Gomes - ADOTA PATOS

Vicente Conserva - 40 Graus