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Hospital Regional de Patos já dispõe de exame de avaliação da medula óssea

O procedimento começou a ser realizado este ano, graças a atuação do hematologista Adson Justino.

07/05/2024 às 09h12
Por: Airton Alves Fonte: Secom - PB
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Foto: Secom - PB
Foto: Secom - PB

Os pacientes de Patos e região que precisam de avaliação da medula óssea já têm disponível no Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro (CHRDJC), um exame capaz de fazer essa verificação. Trata-se do mielograma, um exame que analisa a morfologia e produção de células sanguíneas na medula óssea. O procedimento começou a ser realizado este ano, graças a atuação do hematologista Adson Justino, que se integrou a equipe da PB Saúde.
 
Segundo o médico, a partir do mielograma é possível avaliar patologias intrínsecas à área da medula, em especial neoplasias/cânceres hematológicos, como leucemias agudas e crônicas, síndromes mielodisplásicas, mieloma múltiplo, linfomas, bem como falências medulares. “O exame ajuda ainda no diagnóstico e no tratamento de alterações apresentadas nos hemogramas como anemias, leucopenias, leucocitoses, trombocitopenias ou trombocitose, doenças infecciosas (como leishmaniose, mais prevalente no Nordeste) e até suspeitas de metástases de cânceres sólidos, como câncer de mama com metástase óssea”, explica Adson Justino.
 
Ainda de acordo com o médico, o mielograma é um exame exclusivamente realizado por médico hematologista. “O médico responsável pela coleta do exame, deve possuir a capacidade técnica de leitura do mesmo, desta forma, o profissional responsável pela coleta será também o mesmo responsável pelo laudo do exame”, reitera ele, lembrando que o exame é realizado com agulha específica, com anestesia local e é feito em ambulatório, sem necessidade de anestesistas.
 
O procedimento consiste em diferentes etapas. Na primeira delas é realizada a punção aspirativa da medula, com uma agulha de maior calibre para alcançar a parte interna do osso onde se encontra a medula óssea. Antes da punção, é administrado anestésico no local visando reduzir o desconforto durante o procedimento. Os locais de punção podem ser: osso esterno (tórax), crista ilíaca (bacia) e tíbia (mais comum em crianças). Na segunda parte do exame, o material passa por etapas de coloração e, posteriormente, o médico hematologista analisa a amostra da medula em microscopia e identifica possíveis alterações.
 
“É possível realizar diagnósticos importantes na área de onco-hematologia em tempo hábil de cerca de uma hora. Portanto, o exame proporciona também rapidez no diagnóstico, impactando no tratamento precoce de cânceres do sangue”, reitera o hematologista que lembra de um caso recente de uma paciente de Cajazeiras, que apresentava quadro de anemia de longa data e fazia uso de diferentes medicações, sem melhora, nem diagnóstico definido. “Quando fizemos o mielograma, logo evidenciamos a existência de uma neoplasia hematológica o que, evidentemente, mudou a conduta de tratamento da paciente”, destaca o hematologista.
 
O exame tem risco e complicações mínimos, sendo o mais comum o paciente, após o exame, sentir dor ou desconforto no local da punção de leve intensidade, raramente pode ocorrer pequeno sangramento e a formação de um hematoma. Em casos extremamente raros podem ocorrer casos de infecção ou alergia.

Secom - PB

Imagem: Secom - PB

 

 

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