O secretário de Saúde de Patos, Leônidas Dias, esteve reunido, recentemente, com o veterinário Dilermano Dantas e com a diretora do Canil Municipal, Gabriele Mendes, para discutir a situação dos animais de rua. Leônidas informou que a Secretaria estuda a possibilidade de iniciar o procedimento em massa de castração química em cães machos.
De acordo com o secretário, a castração química é econômica, tem baixo risco, forma simples para procedimentos não cirúrgicos e de menos dor, evitando estresse e com menor possibilidade de hemorragia e infecções.
Por outro lado, o policial civil Rafael Gomes, diretor da ONG Adota Patos, disse que mais uma vez o município de Patos está querendo burlar uma decisão transitada em julgado, quer baratear o custo de uma castração ou ludibriar a população afirmando que vai resolver a problemática fazendo castração química.
“Esse método traz várias consequências, visto que a castração em massa nunca foi totalmente testada, num contexto como o de Patos, onde se tem além da superpopulação canina, as variantes que são as doenças e a fome que assolam os animais de rua. Agora ficamos a perguntar: se o município acha que teve uma brilhante ideia em fazer castração química de cães machos, já que é tão barato e viável, e as fêmeas? E os felinos? Será que a população canina de Patos são somente cães machos? E como e quem vai fazer o acompanhamento dos animais esterilizados? E a leishmaniose que assola a cidade? E as outras zoonoses como o verme do coração que também vem crescendo ? Enfim, é paliativo desnecessário e sem noção”, questionou Rafael.
O diretor da Adota Patos acrescentou que a questão não é somente castrar cães machos e sim viabilizar o bem estar dos animais e da população.
“Além do mais, a incompetência de quem propõe algo tão limitado se sobrepõe ao excesso de problemas que a cidade já tem, pois basta dar uma voltinha pela cidade pra perceber a olho nu a falta de compromisso com o cidadão. Por fim, somos adeptos da esterilização sim, mas de forma responsável e dentro de um parâmetro que anule quaisquer divergências ou causem maus tratos aos animais somente com a desculpa de atender o princípio da economicidade”, disse.
Rafael Gomes informou que a ONG Adota vai acompanhar toda e qualquer ação que seja direcionada para o bem estar animal, mas não vamos permitir qualquer desvio de conduta que visem somente mostrar a resolução do ponto de vista econômico e midiático. “Estamos de olho e vamos fiscalizar”, alertou.
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