Apesar da repercussão negativa nos grupos de WhatsApp, Facebook, Instagram, TikTok e outras plataformas de Redes Sociais, a maioria dos vereadores e vereadoras de Patos segue pressionando a presidente da Câmara Municipal de Patos, Tide Eduardo, para turbinar seus salários.
Atualmente cada parlamentar custa aos cofres públicos cerca de R$ 27.640,00: R$ 17.000,00 de salários, mais duas assessorias no valor de R$ 1.518,00, cada; outros R$ 5.000,00 de Verba Indenizatória de Atividade Parlamentar – VIAP, sem contar os 13% sobre esses valores que câmara é obrigada a repassar para o Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS. Mas, se depender da maioria, esse valor saltará para R$ 37.194,00, superando os vencimentos de um deputado estadual que passará a receber agora em 2025 R$ 34.774,64.
De acordo com informações que circulam nos corredores da câmara e nas Redes Sociais, os vereadores se reuniram com Tide Eduardo na última segunda-feira, dia 13, inclusive o único vereador oposicionista que se aliou aos colegas situacionistas para fazer a cobrança. Ainda de acordo com as informações de bastidores, o pai de um dos novos eleitos, que também participou da reunião, foi incisivo na cobrança e justificou a pressão alegando que precisa pagar dívidas de campanha e honrar compromissos financeiros com lideranças políticas. Entre as reivindicações apresentadas, os edis querem o aumento do VIAP de R$ 5.000,00 para R$ 10.000,00 e mais três assessorias no valor de R$ 1.516,00, o que elevaria o custo de cada parlamentar para R$ 37.194,00.
Fontes próximas informam que a presidente Tide explicou que não pode conceder esses aumentos, não apenas por conta de uma repercussão negativa que geraria entre a população, mas, principalmente, por conta do fato de que as contas da câmara ultrapassaria o limite de 70% com pagamento de pessoal e isso impediria de conceder aumento aos servidores efetivos que há seis anos não recebem aumento salarial. Diante dos argumentos postos pela presidente da casa, alguns dos vereadores teria refutado dizendo que não havia necessidade de conceder reajuste aos servidores “pois eles já ganham muito bem”, teria contrargumentado um dos presentes.
Por conta do posicionamento firme da presidente que se mantém irredutível diante da pressão, alguns dos colegas iniciaram uma campanha de retaliações, inclusive com denúncias protocoladas junto aos órgãos de controle, a exemplo do TCE-PB e MPF e, até já consultaram alguns juristas para saber da possibilidade de afastá-la do cargo e, dessa forma, eleger outro presidente que se comprometa em aceitar turbinar seus salários. Tide Eduardo já foi provocada por setores da imprensa para falar sobre o assunto, mas ainda não se pronunciou.
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