Na manhã dessa segunda-feira (29), a Secretaria Executiva de Políticas para Mulher de Patos (SEPM) promoveu uma capacitação para a Guarda Municipal sobre violência doméstica e a comunidade LGBTQIAPNB+ que foi ministrada pela assistente social Rose Xavier e a bióloga Mirele Martinez.
De acordo com a secretária da SEPM, Brígida Emmanuelli, uma vítima de violência doméstica entrou em contato com a Guarda Municipal solicitando ajuda, já que não conseguiu por outros meios, e a partir desse episódio viu-se a necessidade e importância de oferecer uma capacitação aos servidores da Guarda.
“É o que eu sempre digo: A gente só pode cobrar aquilo que a gente dá. Então, pensando dessa forma a gente chamou a Guarda Municipal e hoje está tirando todas as dúvidas. Falando do serviço do CRAM detalhadamente, o que até onde nós podemos chegar, enquanto secretaria da mulher em apoio a uma vítima, porque também são situações delicadas e existe um limite do que a gente pode entrar ou não”, explicou Brígida.
A secretária complementou que “com relação a esse acolhimento ao público LGBT, que a gente vai começar na cidade, porque precisa. Realmente precisa que nós tenhamos um olhar diferenciado para essas vítimas e para esse público LGBT”.
André Fernandes, coordenador da Guarda Municipal de Patos ressaltou que a demanda de vítimas de violência doméstica tem aumentado muito e os servidores precisam se qualificar para atender as denúncias através do disque-denúncia. “A Secretaria da Mulher preocupada com esse aumento que tem no nosso município, está qualificando a Guarda Municipal que trabalha diretamente nesse enfrentamento e, agora cada vez mais com essa qualificação, vamos melhorar o atendimento a população”, ressaltou.
Especialista em violência doméstica, a assistente social Rose Xavier informou que a capacitação orientou os guardas municipais a respeito da abordagem, o que pode fazer, onde pode procurar ajuda, explicar a forma de acolhimento e abordagem que eles podem fazer quando se depararem numa situação de violência doméstica.
Na oportunidade, Rose alertou que o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) não é um órgão investigativo, mas um local onde a vítima receber acolhimento e orientação da equipe multidisciplinar, como advogado, assistente social e psicóloga.
O momento contou também com orientações voltadas a comunidade LGBTQUIAPNb+ que foi ministrada pela bióloga Mirele Martinez e mostrou as problemáticas enfrentadas pela comunidade como também a questão de políticas públicas que já foram desenvolvidas e ainda precisa desenvolver. Mirele enfatizou que a Guarda Municipal precisa ter uma noção básica sobre como a comunidade funciona, quem pertence e saber como se direcionar a essas pessoas.
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