Em janeiro os paraibanos enfrentam muito calor em algumas cidades, mas, por outro lado, viram alguns pontos alagados, como foi o exemplo recente na cidade de Guarabira, no Brejo paraibano. Segundo Marle Bandeira, meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), as chuvas foram irregulares.
Um dos destaques foi para o Sertão, cujas precipitações ficaram acima da climatologia. “No Sertão, as chuvas ficaram em torno de 70,2 milímetros, com média observada para o mês de 68,8 milímetros. Isso equivale dizer que, embora tenham sido irregulares, choveu 2% acima da média”, explicou.
Os municípios onde mais choveu no Sertão foram Poço de José de Moura (183,2 milímetros), Bernardino Batista (155,2 milímetros) e Poço Dantas (154,4 milímetros). Segundo a meteorologista, nesta época do ano, o sistema que geralmente atua são os vórtices ciclônicos de altos níveis, um sistema que se forma nos altos níveis da atmosfera, geralmente em dezembro, janeiro e fevereiro, provocando fortes ventos e chuvas.
“Essa configuração contribui para a associação de nuvens, trazendo chuvas em determinados locais do estado”.
Em um mês de chuvas irregulares, as regiões do estado que mais concentraram precipitações foram o Alto Sertão, parte do Brejo e Litoral. No Alto Sertão, as cidades de Diamante (174 milímetros), Monte Horebe (166,6 milímetros) e Cajazeiras, no Açude de Lagoa do Arroz (154,4 milímetros) foram as que registraram mais chuvas.
No Brejo, as precipitações foram mais intensas em Itapororoca (183,2 milímetros), Capim (151,9 milímetros) e Pilõezinhos (148,7 milímetros). No Litoral, as cidades que mais se destacaram com relação às chuvas foram Alhandra (142,2 milímetros), Mamanguape (133,5 milímetros) e Marcação (128,7 milímetros).
Ao fazer uma previsão para o período chuvoso nas regiões do Cariri e Curimataú – que vão de fevereiro a maio, Marle afirmou que os níveis pluviométricos vão se comportar “dentro do normal ou acima da média climatológica este ano”.
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