O caso do médico de João Pessoa flagrado agredindo a então companheira, num condomínio, ganhou mais um capítulo na noite de ontem (17). É que pela primeira vez a vitima das agressões, a enfermeira Rafaella Lima, falou sobre a situação na imprensa. Ao longo de uma entrevista de pouco mais de sete minutos, o programa Fantástico, da TV Globo, trouxe novos detalhes sobre a situação.
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Na entrevista, concedida a jornalista Larissa Pereira, da TV Cabo Branco, afiliada da Globo na Paraíba, Rafaella detalhou que ainda não tinha conseguido ver as imagens das agressões dentro do condomínio onde vivia com o médico João Paulo Casado. "Me ver foi diferente, porque eu tentava bloquear, cada vez que passava as agressões. Eu nem lembrava que o carro tinha sido naquela intensidade", desabafou ao longo do material.
Na reportagem, Lima confirmou que foi a delegacia da mulher no ano passado, após o próprio condomínio realizar uma denúncia anônima sobre as agressões. "Queriam saber se eu estava passando por algo. Mas eu neguei tudo. Disse que estava bem e que nada tinha acontecido", explicou.
De acordo com a enfermeira e estudante de medicina, ela não formalizou a denúncia pois sabia que João Paulo Casado tinha influência em diversos setores da capital paraibana. "Eu sabia que ele era um elo forte. E que eu precisava das provas, que minha palavra contra dele em qualquer lugar... se hoje as pessoas veem os vídeos, tem acessos e ainda falam de mim", disse ao longo da entrevista.
Em agosto, após ter se separado do médico, Rafaella formalizou a denúncia. No conteúdo que foi ao ar no Fantástico, foi destacado também o afastamento da delegada da mulher, Nadja Fialho de Araújo, que recebeu o vídeo do condomínio e não deu prosseguimento as investigações.
Rafaella rebate defesa do agressor
Na reportagem da TV Globo, o advogado de João Paulo Casado, Aécio Farias, disse que em um dos episódios de agressão, o que o médico está com o filho, Rafaella teria maltratado o enteado. "Ele (João Paulo) disse que instantes antes havia tido uma severa discussão com ela e que ela lançou impropérios contra o garoto". A versão, no entanto, foi negada pela mulher agredida.
Ela explicou que tinha um bom relacionamento com a criança e que as agressões na verdade ocorriam por motivos fúteis. "Você tinha que concordar com a opinião dele. Então se você tivesse uma opinião própria, era (para ele) como se fosse um desaforo". Questionada pela jornalista Larissa Pereira sobre a frequência das agressões, Rafaella detalhou que as físicas ocorriam uma vez ao ano, mas as verbais eram recorrentes.
"Algumas vezes ele pediu desculpas, outras vezes eles só ficava em silêncio no canto dele e no meu. Alguns dias depois a gente conseguia conversar, outras vezes eles se mostrava incomodado como via meu corpo machucado", disse.
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